Você está aqui: Página Inicial / Blog / Aumenta o número de fraudes de cartão de crédito; saiba como funcionam

Aumenta o número de fraudes de cartão de crédito; saiba como funcionam

Uma série de pesquisas indicam que, durante a pandemia, com o comércio eletrônico aquecido, uma quantidade cada vez maior de brasileiros sofre com esse tipo de manobra criminosa.
Aumenta o número de fraudes de cartão de crédito; saiba como funcionam

Fraudes financeiros, cuidado!

Imagine a seguinte situação: você acorda em uma bela manhã de sol ensolarado, abre seu internet banking e suas mãos começam a suar: seu saldo está zerado, tal como o limite de seu cartão de crédito. Ao mesmo tempo em que você repousava e usufruía de uma revigorante noite de sono, alguém realizou diversos saques em seu nome e comprou uma monte de quinquilharias em lojas virtuais. Tênis de marca, computadores, celulares — talvez até tenham pedido comida via delivery em plataformas como iFood ou Uber Eats.

Não há dúvidas: você foi vítima de uma fraude financeira. Diversas pesquisas mostram que esse tipo de crime cibernético cresceu exponencialmente desde o início da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2); estima-se que, só em 2020, cerca de 9 milhões de brasileiros foram vítimas desse tipo de crime. Não é para menos: os vazamentos de dados só crescem e, com as políticas de isolamento social, o comércio eletrônico (ecommerce) aqueceu como nunca, facilitando ainda mais o trabalho desses meliantes.

De acordo com informações da empresa brasileira de threat intelligence Apura, mais de 770 mil cartões foram expostos na web ao longo de 2020. Estamos falando de bases inteiras que podem ser compartilhadas por cibercriminosos em fóruns específicos da dark (e também da surface) web. Às vezes, tais lotes são comercializados; às vezes, são oferecidos gratuitamente. Resta ao golpista encontrar o resto das informações pessoais de seu titular para aplicar os golpes que quiser.

O modus operandi

Existem diversas formas pelas quais um cartão pode ser fraudado. A mais simples delas, como já dissemos, é através dos vazamentos de dados — lojas virtuais e gateways de pagamentos possuem pouco investimento em segurança da informação, o que torna fácil o trabalho de extrair os números, datas de expiração e códigos verificadores de suas bases de dados. A partir daí, basta criar um clone e sair fazendo compras por aí. Outro fator preocupante é que poucos ecommerces contam com soluções de verificação de identidade.

Mas os métodos mais “tradicionais” não ficam de lado. Lembra dos clássicos “chupa-cabra”? Eles continuam sendo empregados em máquinas bancárias de autoatendimento. Também é comum que funcionários maliciosos instalem malwares nas maquinetas de cartão de crédito para que quando você fizer uma compra — por mais simples que seja — os dados do cartão sejam armazenados para uso posterior. Os gerentes nem sequer ficam sabendo disso.

Neste último caso, uma boa ideia é sempre preferir o uso de cartões com a tecnologia contactless (NFC), quando a compra é feita apenas com a aproximação do documento na maquineta. Visto que essa modalidade dispensa a digitação da senha, os criminosos não terão a informação primária necessária para realizar transações fraudulentas no futuro. Felizmente, grande parte das instituições bancárias oferecem cartões contactless atualmente; se você ainda não tem um, vale a pena solicitá-lo ao seu banco.

Como agir? 

Caiu em uma fraude de cartão de crédito? Tenha calma! O primeiro passo é entrar em contato com o emissor e explicar a situação, além de registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.) na delegacia mais próxima. Uma investigação poderá confirmar, através de uma série de fatores — endereço IP do comprador, horário da transação, câmeras de vigilância (no caso de compras físicas) etc. — que não foi você quem gastou aquele dinheiro. Com um pouquinho de persistência, será possível reverter os gastos

Uma forma interessante de se prevenir contra essas dores de cabeça é usar aplicativos de internet banking que emitem notificações a cada transação efetuada em seu cartão. Várias fintechs (startups financeiras) contam com tal recurso. Ademais, preste atenção onde você informa seus dados financeiros — sempre prefira fazer compras em lojas que utilizem gateways confiáveis.

Produção: Equipe de Conteúdo Perallis Security